quarta-feira, 29 de julho de 2009

240 anos!!

Uma árvore considerada como a "mais antiga planta em vaso do mundo" foi replantada em uma nova área do jardim botânico Kew Gardens, no sul de Londres, devido ao seu crescimento e necessidade de espaço. A raridade de 239 anos - um tipo de cicadófita com folhas parecidas com às das palmeiras - foi coletada no início dos anos 1770 na África do Sul pelo primeiro caçador de plantas Francis Masson. As informações são da BBC.
A espécie, que mede 4,4 m de comprimento e cerca de 1 t, tem um crescimento anual de no mínimo 2,5 cm. As cicadófitas geralmente são compridas e crescem de forma lenta.
De uns tempos para cá, o exemplar do Kew Gardens passou a aumentar seu tamanho também para os lados. Por isso, uma equipe formada por cinco jardineiros se mobilizou para fazer o transporte da planta para um novo "vaso".
Apesar de terem existido em grande número no período Jurássico, antes do início da vida vegetal, as cicadófitas correm sério risco de extinção, principalmente as Microcycas, encontradas em Cuba. O lento crescimento da espécie e a destruição do habitat são as principais causas do desaparecimento.
As cicadófitas podem viver mais de 500 anos e os botânicos acreditam que elas forneçam pistas sobre a origem das primeiras plantas do planeta.
FONTE: site do Terra

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cymbidium

Hoje resolvi postar sobre minha orquídea.
Esta eu comprei para o meu casamento e a estou cultivando.
Já perdeu as flores e vai demorar bastante para surgir uma nova florada. Mas sou paciente e tenho cuidado para que ela volte linda, brilhante e perfeita, na primavera!
A Cymbidium é cultivada em vasos preenchidos com fibra de xaxim ou terra orgânica leve. Não gosta muito de água, basta deixar seu substrato sempre úmido. Não tolera calor, nem vento.
As orquídeas são as minhas preferidas! Mas confesso que ainda não sei cuidar 100% delas!




quinta-feira, 23 de julho de 2009

Bromélias X Dengue

O reservatório que as bromélias desenvolvem na junção de suas folhas não é uma poça d'água. É uma estrutura vital da planta que abriga MUITAS formas de vida, das quais ela depende para se nutrir e sobreviver.
A diferença é que uma poça d'água (pratinhos, pneus, garrafas e plásticos), ainda que possa abrigar algumas formas de vida, é uma água parada, um ambiente inerte. O tanque da bromélia, não!
A poça d'água é armazenada ao acaso, a água da chuva passa a ser rapidamente colonizada por determinadas algas e bactérias. Em poucos dias, aparecem as larvas dos mosquitos, entre eles, o Aedes aegypti.
O tanque da bromélia começa a guardar água antes de seu primeiro ano de vida. Essa água, protegida pelo ambiente das folhas, se transforma num pequeno mas rico ecossistema em muito pouco tempo. A sucessão de formas de vida é muito intensa e o resultado é uma calda repleta de organismos.


CONCLUSÃO: Habitado por várias formas de vida e sujeito à constante substituição biológica de suas águas, a água que acumula nas bromélias não é criadouro adequado para o Aedes aegypti. As águas paradas das poças (pratinhos, pneus, vidros e garrafas), com ecologia mais pobre, são o local ideal para a proliferação do mosquito do dengue. E segundo

Santiago Serrano Aguero, (colega Paisagista querido): "a bromelina, que é uma enzima que se encontra em diversas bromélias nativas, "dissolve" qualquer tecido na calda orgânica do tanque da qual se alimenta. Adorei a nota, tens que divulgar mais!". Obrigada, Santi!!
 

Rhapis excelsa = Palmeira ráfia

Muitas amigas têm me pedido para dar dicas de como cuidar de uma palmeira ráfia. Não tem mistério!


A Rhapis é uma palmeira entouceirada, ereta, originária da China e com porte de 2 a 4 metros de altura aproximadamente. É adequada para cultivo em vasos destinados a ambientes internos iluminados ou meia sombra - evite o sol pleno e vento porque queimam suas folhas.


A terra deve ser fertilizada e sempre úmida. A poda das folhas pode ser feita nas pontas. Basta cortar em forma de lança - fazer um "V" na extremidade, retirando as "pontas duplas" de cada folha. Pode-se também cortar o ramo seco no início do seu caule. Lembrando que essa pontinha seca é normal! É dela! Principalmente quando a umidade do ar está baixa. E JAMAIS, em hipótese alguma, retire a fibra do seu caule. Faz parte da sua estrutura!É para sua proteção!


Lembre-se de jamais colocá-la exposta ao sol direto, principalmente no horário de maior incidência solar! Mantenha sua ráfia em ambientes internos, mas que tenha luz. O ambiente deve ser iluminado, com sol indireto! Assim você manterá sua palmeira sempre verdinha e linda!


Ah! Vale passar um paninho úmido em cada folha para retirar a poeira e deixá-la brilhando!


NA FOTO: Projeto de Paisagismo de Condominio no Caminho das Árvores - Salvador/Ba

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Memória visual e emocional

Revendo algumas fotos de meu trabalho como paisagista, percebi o quanto o sangue fala mais alto! (** sou filha de paisagista e cresci vendo minha mãe trabalhando com a natureza).
Tudo bem que o curso me deu o conhecimento necessário para lidar com botânica, qualidade e fertilidade do solo, bem como cuidados necessários com pragas e doenças... mas o tal "olho clínico" já veio de fábrica.
Saber compor um jardim, ir além das proporções, cores e espécies...isso? Foi ela quem me ensinou. Está registrado em minha memória, desde que me entendo como gente! E a vontade de interagir com a natureza e fazer diferença para ajudar ao meio ambiente, está aqui: do lado de dentro.




Espécies na foto: liriopes, ficus de praia e pleomele.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Com a mão na massa!

Criar um jardim pode parecer uma tarefa fácil, mas... doce engano... não basta gostar de plantas e ter boas mãos para o plantio. É preciso levar em consideração vários pontos extremamente importantes! E tudo isso requer informação, estudo, pesquisa. É função do Paisagista.
Quando um cliente solicita um projeto, é preciso considerar o local, solo, clima, ensolejamento, vento, proporção, composição de espécies,... e acima de tudo, ouvi-lo! Escute. Escute muito. Compreenda seu gôsto, sua vontade, seu sonho. E só depois opine e dê seu aval.
Sem falar que criar um jardim é terapêutico!
Faz bem à alma!
Faz bem a quem o faz e a quem o vê!

Quem nunca se encantou com um jardim florido?



Tem coisa melhor que caminhar por um lugar tranquilo, arborizado e cheio de flores? Infelizmente, não há locais assim de fácil acesso em nossos centros. São raros os lugares públicos onde exista bem estar e beleza.
O jardim vem sofrendo transformações ao longo dos tempos e muitas coisas tem contribuído para isto. Inicialmente, a natureza era farta, cores e espécies ao alcance das mãos e dos olhos. De repente, garagens, tomam espaço das touceiras, dando lugar a automóveis... não tão distante, a verticalização da arquitetura padronizando jardineiras e canteiros, limitando o desenvolvimento da beleza natural. O desenvolvimento desenfreado dos meios urbanos, super população e nível econômico passam a interferir diretamente nas nossas paisagens.
Sim, interferem! Enquanto a minoria se esconde em condomínios luxuosos e com toda infraestrutura necessária para o bem viver (jardins perfeitos!), os muros, grades, portões e cercas elétricas limitam os espaços particulares, deixando a realidade do lado de fora. Do lado obscuro da realidade, há o descaso com a natureza, com a população excluída, com os centros urbanos e, em uma escala bem mais abrangente, há a degradação do meio ambiente.
Hoje, tenho em mente, um Paisagismo que se transforma numa ferramenta em pról da natureza (que grita por socorro)! É preciso preservá-la! Tornar possível a revitalização dos nossos jardins e com isso, trazer de volta a beleza das flores e cores à nossa volta.
Ah, sim, claro...: democraticamente!